segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Artigo prática docente


EXPERIÊNCIA DOCENTE DE ESTÁGIO

 

 

 

 

 
 

Trabalho apresentado à Cultura, Processos de Ensino e Prática Docente- Estudos Integradores (EI) II, no Curso Licenciatura em Pedagogia, modalidade à distância, da Universidade Federal de Pelotas.
 
 
 
 

 
RESUMO


 
O presente artigo tem por objetivo principal criar uma reflexão se o estágio da prática docente contribuiu para o aprendizado dos alunos, se os planejamentos foram desenvolvidos conforme combinado e qual a importância da prática pedagógica do professor nesse processo. Neste artigo veremos algumas teorias de aprendizagem da prática docente que foram importantes, pois além de reconhecer à dinâmica e o desenvolvimento envolvidas nos atos de ensinar e aprender facilitou ao professor adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes que permitirá alcançar os objetivos de ensino. O aluno é um individuo ativo na busca e no desenvolvimento da aprendizagem e o docente é o mediador desse processo tão importante para a constituição do ser humano. O docente estagiário precisa motivar seus alunos para que se sintam estimulados para o seu desenvolvimento em sala de aula, proporcionando um ambiente que o aluno possa criar comparar, discutir e perguntar, ou seja, aplicar os conhecimentos.
 
Palavras-chave: reflexão- estágio- prática pedagógica
 

 
INTRODUÇÃO

 
           
O estágio realizou-se na Escola Estadual de Ensino Médio e Politécnico Nossa Senhora das Vitórias, em Cacequi, na turma do EJA, turno noite.
Após as observações e planejamentos, foi possível entender melhor o que a turma necessitava aprender e de que forma poderia atraí-la para a sala de aula.
O docente de hoje em dia muitas vezes tem a ideia de que ensinar é apenas apresentar e explicar o conteúdo proposto, mas pelo contrario devemos contextualizar o assunto trabalhado de acordo com a realidade do aluno. A aprendizagem não é apenas inteligência e conhecimento, mas também uma interação entre as pessoas para a identificação pessoal.
Os docentes estão cada vez mais preocupados com o desenvolvimento da aprendizagem e procuram aprofundar suas praticas pedagógicas nas diversas teorias. Para uma boa aprendizagem escolar e para o sucesso do seu desenvolvimento, é necessária a presença de três elementos: o aluno, o professor e a situação de aprendizagem. A principal função do professor no processo ensino-aprendizagem é a de orientar de forma ativa e desenvolver um papel de guia para o aluno, de forma a estabelecer um apoio cognitivo.
 
  1  ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 
            A escola da qual foi feita a observação e regência em sala de aula, após ter passado por vários processos, hoje denomina-se como Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora das Vitórias, localizada na rua Rui Barbosa, n° 130- Vila Cândido, Cacequi-RS. Sua equipe pedagógica administrativa compõe-se por uma (1) diretora, três (3) vice-diretoras, três (3) coordenadores de turno, uma (1) orientadora educacional, funcionando em turno integral.
            As modalidades de ensino ofertadas abrangem ensino fundamental, EJA (ensino fundamental) e ensino médio e politécnico. Sua infra-estrutura constitui-se por um (1) prédio administrativo, quatro (4) pavilhões que comportam entre si doze (12) salas, biblioteca, sala de áudio visual, sala de informática, laboratório, cozinha, nove (9) banheiros, uma (1) área coberta, quadra poli esportiva e pracinha.
            A referida escola tem como missão oferecer uma educação de qualidade, desenvolver o processo de planejamento para que haja o comprometimento de todos envolvidos com o ato educativo, construindo uma escola voltada para a valorização do pedagógico, humano e social do aluno como um todo, seu potencial como um espaço de elaboração de inovações constante integrando assim a ação de todos os segmentos da comunidade escolar agindo na construção de um significado democrático, participativo, social, atuante e modificador.
            Sua ação social está inserida na escola aberta que desenvolve vários tipos de atividades e nas campanhas de agasalho e alimentos desenvolvidos pela escola.
 
            1.1 Cronograma de atividades
 
A turma que se realizou o estágio foi totalidade 1e 2 do EJA (educação de jovens e adultos), turno noite, com 12 alunos.
Ao deparar-se na sala onde iríamos fazer o estágio percebeu-se um número pequeno de alunos, que apesar disso foi possível dedicar total atenção a eles de uma forma especial, sanando todas as dúvidas existentes. A escola é muito agradável e a recepção e acolhida foram satisfatórias, a professora sempre simpática e se pondo a disposição para o que fosse preciso. Os alunos são idosos e todos merecem a máxima atenção necessária, as atividades foram desenvolvidas rapidamente pelos alunos, eles se mostraram muito inteligentes, sempre questionando o que não entendiam.
Não foi encontrada nenhuma dificuldade que não pudesse ser resolvida no momento. Os alunos pela idade avançada nos ensinaram muita coisa, conversando e relembrando de histórias já vividas por eles em anos atrás. Foram momentos de descontração e aprendizado nas duas situações (aluno e professoras). 
Em relação ao aprendizado, alguns alunos necessitam de ajuda mais especifica, pois alguns sabiam ler, outros só conheciam as letras, mas não sabiam formar palavras e ler, outros sabiam calcular com a cabeça, mas outros só através da forma de bolinhas, mas cada um tem seu ritmo e seu tempo para aprender e para fazer as atividades.
O aluno por sua vez deve construir a compreensão do assunto abordado, interagindo com o meio, porém guiado pelo professor. Diante disso a aprendizagem dos alunos envolve a relação entre o aluno e o meio e para que isso ocorra com êxito é preciso que o professor se atente aos fatores que os motivem a aprender, através de um senso critico que entende o processo ensino-aprendizagem.
O professor além de ser educador é transmissor de conhecimento, deve atuar, ao mesmo tempo, como mediador. Deve-se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento, para que o aluno aprenda “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba as informações como se fosse um depósito de educador.
 
 
 
 
 
 
O ensino da melhor qualidade é aquele que cria condições para a formação de alguém que sabe ler, escrever e contar. Ler não apenas as cartilhas, mas os sinais do mundo, a cultura de seu tempo. Escrever não apenas nos cadernos, mas no contexto de que participa, deixando seus sinais, seus símbolos. (RIOS, 2005, p. 92)
 
Cabe ao educador mediar conhecimentos historicamente acumulados bem como os conhecimentos atuais, possibilitando ao fim de todo o processo, que o educando tinha a capacidade de reelaborar o conhecimento e de expressar uma compreensão da pratica em termos tão elaborados quanto era possível ao educador. O professor precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir o conhecimento, mas ao contrario, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido permitindo o seu acesso crítico.
A missão da regência foi ajudar o educando a construir seu próprio olhar de mundo, de sociedade, esclarecer e proteger o direito do aluno a uma identidade própria como membro ativo da sociedade. Essa identidade deve ser pelo aluno construído, para que seja a sua verdade, mas, o papel do educador é fundamental na direção e na utilização das ferramentas para essa construção.
 
Considerar as diferenças é, então, colocar cada aluno diante de situações ótimas de aprendizagem. As pedagogias diferenciadas aceitam esse desafio e propõem inovações nas maneiras de resolver o problema. (Perrenoud, 2000, p. 84)
 
O professor deve reconhecer que existem diferentes níveis de ritmo e tempo e que os alunos saibam usar esse tempo para construir o seu olhar. Há que se adequar o ensino à necessidade e ao meio em que vivem os alunos, já que a educação não pode ser um processo técnico - cientifico com inúmeras verdades, mas sim um processo de criação e construção do saber dentro de uma realidade coletiva e individual.
Cunha (1977, p.30) diz que:
 
O ser humano sente, pensa, age e cria como um todo, de maneira integrativa e, no sentir, no pensar, no agir e no criar, que constituem sua trajetória existencial, é sensível as mudanças ambientais, a fim de ajustar a própria mudança pessoal. Sendo assim, podemos afirmar que o comportamento criativo pertence a categoria dos comportamentos integrativos.
 
 
 
 
 
Somente conhecendo os alunos é que podemos criar situações de ensino que atendam as características de aprendizagem dos estudantes, e que garantam a eficácia do seu papel do educador, buscando variar constantemente os seus métodos de ensino visando atender as diferentes formas de aprendizagem e, ser sensível às diferenças e respeitando as individualidades dos alunos.
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
O profissional de educação deve ser provido de uma postura ética e moral, ter paixão e amor pelo que faz vontade constante de mudar e ajudar o mundo. Este vem tendo um papel fundamental na formação do conhecimento. Este artigo tem como finalidade principal levar aos educandos a reflexão um pouco mais sobre sua importância no aprendizado discente, levando-os a repensar no seu papel na vida pessoal e profissional do aluno.
Assim, o professor tendo na sua prática a afetividade como estimulo, ativa o interesse do aluno tornando mais fácil sua aprendizagem. Dentro da sala de aula verifica-se o empenho e a dedicação da professora em fazer com que seus alunos desenvolvam-se tanto cognitivo e intelectualmente utilizando-se de materiais acessíveis ao entendimento dos mesmos.
Através deste trabalho conclui-se que a formação docente é fundamentada sobre a pessoa do professor, sua experiência, a escola como construtora da cidadania, entendendo que é preciso recorrer a teorias, aos conhecimentos pedagógicos, para que se possa atuar como verdadeiro mediador da aprendizagem do aluno.
 
 
 
REFERÊNCIAS
 
 
CUNHA, Rose Marie Maron. Criatividade e processos cognitivos- um estudo teórico- Editora Vozes. Petrópolis: 1977
 
PERRENOUD, Philipe. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar.  Editora Cortez. São Paulo: 2005.
 
 
 

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