terça-feira, 28 de outubro de 2014

O planejamento como elemento fundamental ao processo de ensino-aprendizagem

O Planejamento Como Elemento Fundamental ao Processo De Ensino-Aprendizagem
A escola é um ambiente muito diversificado, onde as práticas variam de acordo com os professores que as realizam. No trabalho docente, o professor faz muitas opções para que no decorrer da sua atividade o aluno consiga apreender aquilo que está sendo trabalhado. Conteúdos, objetivos, avaliação entre outros, são alguns aspectos com os quais o professor deve estar atento ao planejar suas aulas. É na sala de aula, porém, que o professor coloca em prática as ações que planejou. Nesse contexto, os métodos utilizados pelos professores tornam-se mais visíveis podendo caracterizar a sua atuação enquanto docente.
Assim, é possível distinguir algumas situações que envolvem o planejamento na escola. Dentre essas situações, algumas se destacam como os professores que planejam e seguem estes planejamentos rigorosamente, utilizando o planejamento de forma determinística da ação docente; os professores que planejam e utilizam este planejamento como orientador da sua ação e os professores que não planejam e em decorrência disto acabam por improvisar sua ação.
Planejar é estudar, organizar, coordenar, ações a serem tomadas para a realização de uma atividade visando solucionar um problema ou alcançar um objetivo. Na educação o planejamento envolve a integração do professor-aluno com as relações sociais econômicas, políticas, culturais bem como os elementos escolares objetivo, conteúdo, métodos, como a função de explicitar princípios e execução das atividades escolares e possibilitar as ações do professor na realização de um ensino de qualidade, evitando a monotonia e a rotina e o desinteresse do processo ensino-aprendizagem, assim como proporciona aos alunos conhecer a realidade social através dos conteúdos programados e planejados.
Planejar o processo educativo é planejar o indefinido, porque a educação não é um processo, cujos resultados podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se fossem produtos decorrentes de uma ação puramente mecânica e impensável. Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem, não lhe impondo diretrizes que o alheiem. Permitindo com isso, que a educação ajude o homem a ser criador de sua história. (MENEGOLLA & SAN’T ANNA, 2003 p. 25).
Dessa forma o planejamento é um guia de orientação que auxilia na concretização daquilo que se almeja. O planejamento se torna necessário ao educador à medida que esse se preocupa em ter qualidade no que faz. Sendo assim suas ações atuam não somente em seus alunos, mais também em si mesmo e acabam por afetar o a sociedade.
O planejamento então deve estar de acordo com o nível dos educando, relacionando os conteúdos, os conhecimentos próprios e a realidade de forma a criar novos conhecimentos que auxiliem na vida cotidiana do educando.
Um planejamento voltado para uma ação pedagógica crítica e transformadora possibilitaria segurança para o professor lidar com a relação educativa presente na sala de aula e na escola como um todo. “Neste sentido, o ‘planejamento adequado’, bem como o seu resultado ‘o bom plano de ensino’ se traduzirá pela ação pedagógica direcionada de forma a se integrar dialeticamente ao concreto do educando, buscando transformá-lo.” (LOPES,1991, p.43).
O planejamento deve propor o crescimento do aluno, fazendo com que saia da rotina e desenvolva sua originalidade, sem restringir o potencial da pessoa e sem interferir nas suas atitudes e escolhas. Os autores citam que.
Segundo a UNESCO (1968), seria melhor começar por dizer o que não é planejamento educacional. Não é uma panacéia miraculosa para a educação e para o ensino que sofrem males; não é uma formula mágica para todos os problemas; não é, também, uma conspiração para suprimir as liberdades dos professores, administradores e estudantes, nem um meio para grupos decidirem sobre objetivos e prioridades da educação e do ensino. (MENEGOLLA & SAN’T ANNA, 2003 p. 28).
Pode-se afirmar que a aprendizagem acontece por um processo cognitivo imbuído de afetividade, relação e motivação, a motivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento.
Diante desse contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e potencialidades dos alunos a este nível. Torna-se tarefa primordial do professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que ela gosta, como modo de privilegiar seus interesses. Motivar passa a ser, também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o aluno, utilizando o que a criança gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.
O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a atenção do aluno. A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.
A estrutura cognitiva do aluno tem que ser levada em conta no processo de aprendizagem. Os conhecimentos que o aluno apresenta e que correspondem a um percurso de aprendizagem contínuo são fundamentais na aprendizagem de novos conhecimentos. São os conhecimentos que o aluno já possui que influenciam o comportamento do aluno em cada momento, uma vez que disponibiliza os recursos para a aptidão. É necessário refletir sobre o que é o conhecimento e perceber que é algo de complexo que deve ser entendido como um processo de construção e não como um espelho que reflete a realidade exterior. O professor deve utilizar as estratégias que permitam ao aluno integrar conhecimentos novos, utilizando para tais métodos adequados e um currículo bem estruturado, não esquecendo o papel fundamental que a motivação apresenta neste processo.

Não há aprendizagem sem motivação, assim um aluno está motivado quando sente necessidade de aprender o que está sendo tratado. Por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às tarefas inerentes até se sentir satisfeito.

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