O Planejamento Como
Elemento Fundamental ao Processo De Ensino-Aprendizagem
A
escola é um ambiente muito diversificado, onde as práticas variam de acordo com
os professores que as realizam. No trabalho docente, o professor faz muitas
opções para que no decorrer da sua atividade o aluno consiga apreender aquilo
que está sendo trabalhado. Conteúdos, objetivos, avaliação entre outros, são
alguns aspectos com os quais o professor deve estar atento ao planejar suas
aulas. É na sala de aula, porém, que o professor coloca em prática as ações que
planejou. Nesse contexto, os métodos utilizados pelos professores tornam-se
mais visíveis podendo caracterizar a sua atuação enquanto docente.
Assim,
é possível distinguir algumas situações que envolvem o planejamento na escola.
Dentre essas situações, algumas se destacam como os professores que planejam e
seguem estes planejamentos rigorosamente, utilizando o planejamento de forma
determinística da ação docente; os professores que planejam e utilizam este
planejamento como orientador da sua ação e os professores que não planejam e em
decorrência disto acabam por improvisar sua ação.
Planejar
é estudar, organizar, coordenar, ações a serem tomadas para a realização de uma
atividade visando solucionar um problema ou alcançar um objetivo. Na educação o
planejamento envolve a integração do professor-aluno com as relações sociais
econômicas, políticas, culturais bem como os elementos escolares objetivo,
conteúdo, métodos, como a função de explicitar princípios e execução das
atividades escolares e possibilitar as ações do professor na realização de um
ensino de qualidade, evitando a monotonia e a rotina e o desinteresse do
processo ensino-aprendizagem, assim como proporciona aos alunos conhecer a
realidade social através dos conteúdos programados e planejados.
Planejar o processo educativo é
planejar o indefinido, porque a educação não é um processo, cujos resultados
podem ser totalmente pré-definidos, determinados ou pré-escolhidos, como se
fossem produtos decorrentes de uma ação puramente mecânica e impensável.
Devemos, pois, planejar a ação educativa para o homem, não lhe impondo
diretrizes que o alheiem. Permitindo com isso, que a educação ajude o homem a
ser criador de sua história. (MENEGOLLA & SAN’T ANNA, 2003 p. 25).
Dessa
forma o planejamento é um guia de orientação que auxilia na concretização
daquilo que se almeja. O planejamento se torna necessário ao educador à medida
que esse se preocupa em ter qualidade no que faz. Sendo assim suas ações atuam
não somente em seus alunos, mais também em si mesmo e acabam por afetar o a
sociedade.
O
planejamento então deve estar de acordo com o nível dos educando, relacionando
os conteúdos, os conhecimentos próprios e a realidade de forma a criar novos
conhecimentos que auxiliem na vida cotidiana do educando.
Um
planejamento voltado para uma ação pedagógica crítica e transformadora
possibilitaria segurança para o professor lidar com a relação educativa
presente na sala de aula e na escola como um todo. “Neste sentido, o
‘planejamento adequado’, bem como o seu resultado ‘o bom plano de ensino’ se
traduzirá pela ação pedagógica direcionada de forma a se integrar
dialeticamente ao concreto do educando, buscando transformá-lo.” (LOPES,1991,
p.43).
O
planejamento deve propor o crescimento do aluno, fazendo com que saia da rotina
e desenvolva sua originalidade, sem restringir o potencial da pessoa e sem
interferir nas suas atitudes e escolhas. Os autores citam que.
Segundo a UNESCO (1968), seria
melhor começar por dizer o que não é planejamento educacional. Não é uma
panacéia miraculosa para a educação e para o ensino que sofrem males; não é uma
formula mágica para todos os problemas; não é, também, uma conspiração para
suprimir as liberdades dos professores, administradores e estudantes, nem um
meio para grupos decidirem sobre objetivos e prioridades da educação e do
ensino. (MENEGOLLA & SAN’T ANNA, 2003 p. 28).
Pode-se
afirmar que a aprendizagem acontece por um processo cognitivo imbuído de afetividade,
relação e motivação, a motivação é um processo que se dá no interior do sujeito,
estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo
estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas
situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos
de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento.
Diante
desse contexto percebe-se que a motivação deve ser considerada pelos
professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar as capacidades e
potencialidades dos alunos a este nível. Torna-se tarefa primordial do
professor identificar e aproveitar aquilo que atrai a criança, aquilo do que
ela gosta, como modo de privilegiar seus interesses. Motivar passa a ser,
também, um trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o aluno,
utilizando o que a criança gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino.
O
professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno
queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a
aprender. Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele,
aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para
aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma
competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor
deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços, captando a
atenção do aluno. A
aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos
cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é
resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da
transferência destes para novas situações.
A
estrutura cognitiva do aluno tem que ser levada em conta no processo de
aprendizagem. Os conhecimentos que o aluno apresenta e que correspondem a um
percurso de aprendizagem contínuo são fundamentais na aprendizagem de novos
conhecimentos. São os conhecimentos que o aluno já possui que influenciam o
comportamento do aluno em cada momento, uma vez que disponibiliza os recursos
para a aptidão. É necessário refletir sobre o que é o conhecimento e perceber
que é algo de complexo que deve ser entendido como um processo de construção e
não como um espelho que reflete a realidade exterior. O professor deve utilizar
as estratégias que permitam ao aluno integrar conhecimentos novos, utilizando
para tais métodos adequados e um currículo bem estruturado, não esquecendo o
papel fundamental que a motivação apresenta neste processo.
Não
há aprendizagem sem motivação, assim um aluno está motivado quando sente
necessidade de aprender o que está sendo tratado. Por meio dessa necessidade, o
aluno se dedica às tarefas inerentes até se sentir satisfeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário