quarta-feira, 2 de abril de 2014

DA NOSSA ESCOLA PRIMÁRIA

O diálogo a seguir fala sobre educação e foi retirado do volume I da editora Paz e Terra e faz parte
das páginas 35 até a página 49.
Nesse diálogo Paulo Freire e Sérgio Guimarães demonstram suas opiniões a respeito da escola e da
educação, onde discutem a maneira como a escola não consegue acompanhar os avanços
tecnológicos e apontam também como principal assunto as superpopulação dentro das salas de aula,
necessitando de mais apoio pedagógico pautado em trabalhos de transformação e nos problemas de
cultura e de política.

Começando a conversa, Paulo diz que julga importante falarem sobre educação, escola e a formação de
professores. Diz que a linguagem passada nas escolas nem sempre corresponde a das crianças populares


, linguagem essa, que é usada na periferia ou classes sociais mais baixas não são erradas, mas
apenas diferentes daquelas ensinadas e faladas nas instituições de ensino.
Em uma de suas teses, Paulo Freire já criticava esse tipo de autoritarismo, essa transferência
de saber inerte onde o professor fala e o aluno só escuta, ao invés de convocar o estudante para
atuar junto, pensar, conhecer, incorporar, criar e produzir o seu conhecimento.
Um outro problema enfrentado na educação é a política, porque ocorre um preconceito com as
classes sociais menos favorecidas, como por exemplo na periferia onde colocam 40 ou mais alunos
dentro de uma sala de aula, onde como conclusão acaba-se tendo um despreparo dos professores,
também a falta de apoio pedagógico no seu trabalho a ser desenvolvido, onde como consequência
vem a desestimulação do educador ao invés do apoio, ele não vai demonstrar o interesse em querer
ensinar, onde quem sai perdendo é o aluno.

Sabemos também que a cada ano a educação está se transformando sim, seguindo esse modo de agir
proposto por Paulo Freire, pois cada vez mais os alunos estão desafiando os professores, com perguntas
e um jeito de se comportar, fazendo sua autonomia. Devemos entender e fazer com que a sala de aula
seja um lugar de troca de ideias, onde devemos estar dispostos a ensinar mas também aprender.


Paulo Freire em uma das suas teses dizia que somente uma escola centrada democraticamente no
seu educando e na sua comunidade local, vivendo as suas circunstâncias, integrada com os seus
problemas, levará os seus estudantes a uma nova postura diante dos problemas de seu contexto: a da
intimidade com eles, a da pesquisa, em vez da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de
afirmações desconectadas das suas condições mesmas de vida.
Onde Freire insiste que par ele, tudo isso são aspectos de um processo de transformação. Eu não
entendo a transformação social que prescinda de uma preocupação sobre esses problemas também.
Esses problemas estão no bojo mesmo de um programa de educação. São problemas de cultura, são
problemas de política. Não é por acaso que Gramsci se preocupou tanto com eles também. Esses
problemas estão no corpo de um processo global de transformação social de qualquer sociedade.

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