Inclusão
do ensino de alunos surdos nas escolas
Dariane Urrutia Dorneles
Dariane Urrutia Dorneles
Ser
professor em uma classe que possui um aluno surdo requer um bom planejamento de
aula com boas estratégias para transmitir conhecimento para o aluno e exige uma
enorme parceria tanto com este aluno surdo, como com um intérprete de língua de
sinais (ILS), se este existir na escola em atuação, pois, sabemos que nossa
realidade é de que não temos um ILS disponível em nossas escolas,
principalmente em escolas públicas. O fato de se ter um ILS ou não dentro da
sala de aula nos faz pensar em como transmitir para o aluno o conteúdo que se
pretende que estas crianças aprendam, nos faz pensar de como passar para estas
crianças todo este aprendizado sem o auxilio de um ILS ou sem ter uma noção da
Língua brasileira de sinais (LIBRAS), pois, sem esta noção de LIBRAS realmente
a troca de conhecimento é dificultada tanto do professor para o aluno como da
aluno para o professor.
Assim
como o aluno ouvinte precisa do concreto para ter um melhor entendimento de um
determinado assunto, o aluno surdo precisa mais ainda, pois, para estes alunos
tudo é muito visual, eles precisam ver para entender e a visão é o sentido que
os auxiliará a ter um maior entendimento do assunto, sendo que não escutam, mas
são capazes de obter entendimento através de sua visão e senso critico das
coisas e situações.
Acredito
que uma aula preparada sendo direcionada para um aluno surdo deve ser pensada
como sendo uma aula expositiva e muito visual, com a utilização de vários
recursos e ferramentas como uma apresentação de slides, cartazes, imagens,
maquetes, uso de internet, encenações, demonstrações como nos fala um trecho do
texto Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos “...para
favorecer a aprendizagem do aluno surdo, não basta apenas apresentar os
conteúdos em LIBRAS, é preciso explicar os conteúdos de sala de aula utilizando
toda a potencialidade visual que essa língua tem”, nesta perspectiva posso
dizer que é essencial que sempre seja utilizado o concreto, associando a
realidade destas crianças ao conteúdo estudado, pois, a realidade dos sujeitos
deve sempre ser valorizada nas mais diversas situações.
Outro trecho do texto Estratégias metodológicas
para o ensino de alunos surdos diz que: “Contudo, não basta apenas dominar
a língua se não existir uma metodologia adequada para apoiar o que se está
explanando, o que incide na necessidade de formação de futuros professores que
saibam elaborar boas aulas - visualmente claras e que facilitem a atuação do
intérprete e a compreensão do aluno surdo.”, assim podemos dizer que o uso da
criatividade na hora de preparar uma aula para alunos surdos é de fundamental
importância e se há disponível um ILS na escola, esta aula deve ser preparada
em conjunto com o mesmo, para que na hora de passar o conhecimento ao aluno a
aprendizagem se torne mais eficiente e facilitada.
O eixo ECO - LIBRAS foi uma grande experiência que realmente não poderia
faltar em nosso curso de Licenciatura em Pedagogia, pois, com ele foi possível
aprender muito sobre a língua brasileira de sinais, assim podendo lidar com as
mais diversas situações que podem surgir no decorrer de nossas vidas
profissionais.
Dariane Urrutia Dorneles
Dariane Urrutia Dorneles
Referências bibliográficas:
CAETANO, Juliana F. Estratégias metodológicas para
o ensino de alunos surdos. In: LACERDA, Cristina B. F. de; SANTOS, Lara F.
dos (orgs). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de
surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2013.
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