“Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos”
(LACERDA, LARA, CAETANO, 2013) artigo escrito por Cristina Broglia Feitosa de
Lacerda, Lara Ferreira dos Santos e Juliana Fonseca Caetano, traz um conjunto
de ideias sobre as estratégias que devem ser aliadas a metodologia para o
ensino de qualidade dos alunos surdos.
Quanto ao indagado sobre a condição do aluno surdo na escola
devemos dizer que o aluno deverá estabelecer relações com sua vivência fora da
mesma.
O aluno surdo deverá ter uma assistência pedagógica, desta
forma criará condições para que ele se torne um ser útil a si e a sociedade. Tal
meta é de possível alcance através de uma educação que o leve a ser capaz de
prover sua subsistência tornando-o independente e acima de tudo feliz.
O apoio de filmes, textos de jornais, programas de televisão
tornará a aprendizagem mais significativa. Portanto na educação inclusiva de
alunos surdos o professor precisará ser parceiro do interprete de libras para
ampliar os conhecimentos desses alunos.
Nos nossos dias a televisão é o recurso visual mais acessível
em todos os lares.
Na apresentação dos conteúdos em libras o professor deverá
utilizar todos os recursos visuais que a língua contém. Pode ser usada na
linguagem de sinais o uso de braços e pernas, expressões corporais e faciais,
mãos, dedos, pés e pernas. Esse tipo de linguagem é comum entre pessoas surdas
e é preciso ser compreendida e utilizada pelas praticas pedagógicas com o
objetivo de ampliar a aprendizagem dos alunos. O professor através de imagens
levará o aluno a refletir sobre questões da sua vida cotidiana na sociedade.
A escola em geral prende-se muito aos textos dos livros
didáticos é esse caminho é pouco produtivo aos alunos surdos.
Quando o aluno tiver mais acessibilidade a informações
visuais poderá construir conceitos mais amplos em relação ao que é apresentado
pelo professor.
Outra perspectiva e criar mapas conceituais com temas simples
e complexos já que eles apoiam a organização visual dos conceitos, favorecendo
a melhor compreensão e a elaboração do conhecimento.
A pedagogia visual a ser usada na educação do surdo ampliará
o leque de olhares e sua capacidade de compreensão. No entanto são poucas as
produções teóricas metodológicas relacionadas à pedagogia visual na área da
surdez. Esse tema precisaria passar pela elaboração de um currículo com
estratégias didáticas e a organização das disciplinas.
Ao prepararmos a aula para o aluno surdo o professor deverá
ter o domínio em libras para que ele possa auxiliar a compreensão do aluno nos
conteúdos. As escolas públicas sofrem pela falta de recursos, mas cabe ao
professor usar recursos alternativos como recortes de jornais, desenhos,
vídeos, textos e teatros na ajuda aos alunos.
No entanto apesar do uso de várias estratégias os professores
se sentem inseguros para passar conteúdos aos alunos surdos, mas só a pratica,
o convívio e a necessidade de elaborar aulas para os mesmos poderão levar o aperfeiçoamento
e qualificação das metodologias utilizadas.
Apesar de toda a insegurança apresentada pelos professores em
formação os mesmos reconhecem a legitimidade da Libras como língua e sabem da
complexidade de usá-la e compreendem que é fundamental o uso de recursos
visuais e o trabalho em conjunto ao interprete. Ele só tem a somar ao processo
educacional.
O futuro professor ou o professor que esta atuando em sala de
aula deve adquirir uma postura favorável a sua atuação.
No entanto o planejamento é uma construção necessária para a
mediação teórica e deve ser pensado como finalidade de fazer algo acontecer concretizando
ideias.
É de grande importância a apresentação dos conteúdos ao o
ILS. Ele e o professor deverão formular estratégias de ensino a serem
utilizadas com os alunos.
O ILS pode dar ideias, sugerir matérias e ajudar na confecção
dos mesmos. Cabe ao professor interagir com o ILS somando suas dúvidas e terá
nele um parceiro atuando na sala de aula, caso contrário tornaremos inviável o
processo, pois o mesmo pode ser a peça fundamental quanto a avaliação do aluno
surdo, pois é ele quem faz um melhor acompanhamento deste aluno ao mesmo tempo
que o professor precisa ser responsável por todos os alunos.
Embora o ILS esteja ali na sala de aula para traduzir uma
língua em outra não podemos pensar nele somente sobre este aspecto, pois ele
tem uma relação muito forte com os alunos surdos e se importa com a compreensão
e o aprendizado deles tornando-se um importante educador.
Sendo assim o professor deverá ser acessível e estar
disponível para um melhor entendimento entre ambos, o que só irá beneficiar o
processo educacional.
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