quarta-feira, 9 de abril de 2014

resenha de Libras

                                        
                                              ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
                                            PARA O ENSINO DE ALUNO SURDO


Estudando Libras, pude ver a importância dessa língua para os sujeitos surdos e de como é importante a presença de um intérprete de libras na sala de aula de um aluno surdo.  A língua de sinais é essencial, para que o surdo possa aprender, desde pequeno a se comunicar, e a entender o mundo em que vive. Aprendendo a língua de sinais desde pequeno, poderá aprender a língua falada e escrita, mas a língua de sinais é a que deve prevalecer, fazendo com que as pessoas façam uso dela quando estão junto dos surdos.
 Ao dar aulas para alunos surdos há que se considerar suas singularidades, estabelecer relações com o que é vivido fora da escola, buscar estratégias em textos literários, manchetes de revistas e jornais, programas de televisão e até mesmo mapas conceituais de modo a tentar a aprendizagem mais significativa do aluno surdo, não apenas apresentando os conteúdos em libras, mas explicar os conteúdos de sala de aula utilizando toda a potencialidade visual que essa língua tem. Além disso, o trabalho do interprete de libras será muito mais efetivo quando a informação visual for acessível, pois com e sobre ela o aluno surdo poderá construir conceitos e poderá questionar o que esta sendo apresentado pelo professor, dando oportunidades para uma aprendizagem mais reflexiva e efetiva.
Assim, a pedagogia visual a ser usada na educação de surdos tem várias nuances ricas e inexploradas, de imagens, significado e semiótica visual na prática educacional cotidiana e para ampliar o leque de “olhares” aos sujeitos surdos, de sua capacidade de captar e compreender o saber do pensamento imagético do surdo. Poucas são as produções teórico-metodológicas relacionadas à pedagogia visual, na área da surdez sendo assim um novo campo de estudos que pode colaborar para a educação e beneficiar não apenas o sujeito surdo, mas ampliar a possibilidade de aprendizagem para todos. Campello traz reflexões para o uso da língua de sinais, pois tem campo pouco explorado, sua característica viso-gestual possui uma diversidade de signos e de outros sistemas de significado, por meio da velocidade, movimentação e de expressividade da leveza das mãos, braços e que podem configurar desenhos e  de expressões faciais que são muitas vezes ininteligíveis para percepção do olhar humano menos treinado, mas que pode ser muito significativa para o olhar surdo.
O papel do professor é fundamental para o aprendizado do aluno surdo, conhecer a realidade desse aluno, se ele conhece e usa a libras para se comunicar com a família e amigos, tratando-os com naturalidade e respeitando o seu tempo para que tenha um bom aprendizado e para que se sinta igual aos demais colegas. Desenvolver um bom planejamento que busque práticas de ensino adequadas à realidade do aluno surdo com o uso das libras, língua que deve ser valorizada em sala de aula, com o uso de recursos visuais e que o trabalho conjunto com um intérprete só tem a agregar esse processo educacional.
 O desenvolvimento do aluno surdo dependerá do ambiente em que vive. Se a criança ou jovem surdo não tiver o apoio da família, dos amigos e da escola não terá oportunidade de desenvolver sua total capacidade de aprendizagem, compreensão e desenvolvimento cognitivo. A qualidade de aprendizagem do surdo vai depender da contribuição de cada participante no uso de estratégias para seu pleno desenvolvimento.
Por isso a importância da escola ser um espaço aberto, de dialogo, de reflexão, por que do mesmo modo que ela pode proporcionar um mundo de possibilidades para os seus educandos, se ela não estiver preparada, adequada, ela pode desestimular os alunos, principalmente os surdos, não na questão somente da convivência por que isso elas conseguem fazer bem, conviver em grupo, se comunicar, mas em questões de aprendizados, de conseguir buscar exemplos nos cotidiano, de dar sentido aquilo que o professor ensina. Dessa forma, creio que seja muito interessante a escola ter professores especializados, mas não para atender somente os alunos surdos, mas sim os professores e alunos ouvintes, para que estes possam entender e interagir com os surdos no mundo deles, ou seja, uma troca um aprendendo com o outro.
Sendo assim, nós futuros educadores devemos estar sempre abertos ao dialogo, a aprender com o novo, e buscar no que parece difícil, impossível, um motivo a mais para buscar novos conhecimentos, de continuar pesquisando, pensando criticamente sobre a prática. Para trabalhar não somente com os surdos, mas com todos os alunos.

“A cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo, e de modifica-lo a fim, de torna-lo acessível e habitável, ajustando-o com suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das almas das comunidades surdas, que abrigam a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo.”
Por Marta Oliveira Pötter estudante CLPD UFPel.

















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