terça-feira, 1 de abril de 2014

Escola e alunos surdos

Escola e alunos surdos 

Para ser professor de alunos surdos, é preciso respeitar a
singularidade dos alunos, seu jeito de ser e de aprender. Saber que a sala
de aula é um lugar que lhes estabelece relações com o mundo que vivem
por isso essa realidade deve ser trabalhado com materiais diversos, como
filmes, textos, gravuras, livros e programas de televisão, fazendo assim, com
que esse aluno surdo adquira conhecimentos semelhantes aos que são
oferecidos aos alunos ouvintes.
Hoje em dia, com a tecnologia que o mundo tem, a pedagogia recebe
muitos avanços nas práticas educacionais, mas é necessário se utilizar
delas, para pensar em algo que atenda as necessidades dos alunos surdos,
pois é com a pratica visual que eles aprendem mais.
Não basta fazermos uma aula em Libras, explicando o conteúdo, mas
devemos usar tudo que dispormos visualmente, como objetos, gravuras,
livros e filmes.
Os usos das mãos, do corpo, das expressões visuais, são de grande
importância na hora da aprendizagem.
Alunos surdos tanto quanto alunos ouvintes necessitam interagir com
a leitura para que não fiquem apenas apegados ao vocabulário memorizado
pela repetição do que aparece nas atividades escolares. O trânsito dos
surdos pela língua portuguesa tem que ser amplo no sentido de convivência
com a escrita e com a leitura. Uma abordagem bilíngue de educação de
surdos implica estabelecer que o trabalho na escola vai se dar em duas
línguas, sendo a primeira a língua de sinais e a segunda a língua da
comunidade próxima, nesse caso, a língua portuguesa.
A escola deve utilizar uma metodologia que envolva os alunos, e isso
deve ser mais levado a sério tratando-se de alunos surdos. Cabe ao sistema
de ensino promover cursos de formação continuada para o seu corpo
docente assegurando-lhes aptidões e inovações nas suas práticas
pedagógicas de forma a atender as necessidades educacionais dos alunos
surdos.
Os professores devem ser capazes de analisar os domínios de
conhecimento atuais dos alunos, as diferentes necessidades demandadas
nos seus processos de aprendizagem, bem como, elaborar atividades, criar
ou adaptar materiais, além de prever formas de avaliar os alunos para que
as informações sirvam para retroalimentar seu planejamento e aprimorar o
atendimento aos alunos.

O termo Tradutor/Intérprete de Língua de Sinais diz respeito ao 
profissional cuja formação lhe habilita a atuar junto ao Surdo trabalhando 
com a língua de sinais e sua conversão para o português oral, bem como os 
sinais para escrita ou escrita para sinais. Quando as atividades são feitas em 
parceria com um interprete em sala de aula , se torna mais proveitosa aos 
alunos, dando-lhes oportunidades de relacionar conceitos com o que está 
sendo apresentado pelo professor. 
A presença, em sala de aula e em outros ambientes educacionais, do 
tradutor e o intérprete da Língua Brasileira de Sinais é importante para que 
os alunos surdos usuários da Libras tenham acesso aos conteúdos 
escolares, contribuindo para a melhoria do atendimento e o respeito à 
diversidade lingüística e sociocultural dos alunos surdos de nosso país. 
O uso dos mapas conceituais é muito usado em uma aula para alunos 
surdos, onde o professor apresenta como primeira abordagem de um 
assunto. 
A língua de sinais traz características únicas, como a leveza das 
mãos, o movimento da face e do corpo, muitas vezes imperceptíveis para 
nós ouvintes, mas de grande importância para os surdos. 
Como professores, devemos utilizar a língua de sinais aliada a 
propostas educacionais, produzindo assim estratégias de ensino eficientes 
para os alunos surdos. Desenvolvendo aulas com uma metodologia 
adequada, visualmente clara e que facilitem o trabalho do interprete e a 
compreensão do aluno, estabelecendo uma relação de parceria. Sabendo 
explicar claramente o que mostra visualmente ao aluno. 
O uso de recursos como, por exemplo, o projetor de slides, é 
maravilhoso, mas algumas escolas não tem disponível esse material, 
cabendo ao professor utilizar de outras estratégias para através delas 
explicar os conteúdos, sejam simples ou complicados aos alunos. 
Todos os recursos utilizados devem ser aliados ao planejamento de 
aula, o uso de Libras e a parceria com um interprete em sala de aula, para 
se chegar ao real aprendizado dos alunos. 
A parceria entre professor e interprete é de grande importância, onde 
um dará apoio ao outro na sua prática, ambos devem se conscientizar o 
quanto isso trará benefícios aos alunos. 
Seria ótimo que o interprete tivesse acesso aos conteúdos antes das 
aulas, para se preparar bem e oferecer uma boa interpretação. Ou ainda 
melhor, que possa ajudar no planejamento das aulas.  

Por sua vez o professor pode facilitar muito o trabalho do interprete, 
utilizando de práticas e estratégias pensadas antes, como o uso da lousa, 
deixando um espaço para que o interprete também a uso. 
Devemos enfim nos conscientizar que a inclusão desses alunos 
surdos na escola é um direito deles e uma obrigação nossa como 
professores, estarmos preparados para enfrentar desafios, para utilizar da 
imaginação fazendo tudo com muito amor e dedicação, com certeza tudo 
dará certo.        

Brenda de Castro Leal- acadêmica Pólo Cacequi

Nenhum comentário:

Postar um comentário