quinta-feira, 3 de abril de 2014

Pratica Docente I



Resumo


A pratica docente é algo instigante, desafiador e ao mesmo tempo gratificante. Sabemos que o aprendizado inicial acontece na educação infantil com o desenvolvimento de habilidades, para isso é preciso proporcionar as possibilidades para as crianças, para que estas possam explorar as mais diversas capacidades que possuem. Assim temos por objetivo expor as fragilidades, necessidades e possibilidades da pratica docente, dando valor a etapa da educação infantil que é a fase em que a criança esta tendo novas e esplendorosas descobertas em sua vida, onde irá entrar em um novo mundo de fascinações e novos aprendizados. Assim foi realizada a pratica docente na Escola Municipal de Educação Infantil Bem-Me-Quer I, no Pré-A, com crianças em uma faixa etária de 4 anos.



Palavras-chave: Pratica Docente. Educação Infantil. Aprendizado.

                                                                                       



A partir da experiência da pratica docente, a seguir será apresentado um relatório de estágio com os detalhas da pratica docente I, onde irá conter o desenvolvimento com quatro subtítulos: 1 - Etapa de ensino, onde serão abordadas as características da educação infantil com suas especificidades; 2 - Processo de ensino, onde constará o andamento do estágio e o andamento do planejamento; 3 - Aprendizagem dos alunos, onde será apresentado como foram percebidas as especificidades de cada aluno e suas possibilidades no ensino aprendizagem; 4 - Trabalho docente, neste último item será um espaço de reflexão sobre quais os conhecimentos que o professor precisa ter sobre os conteúdos abordados em sala de aula para uma proposta de construção da aprendizagem.
 





A educação infantil é um momento de várias descobertas, onde a cada instante cada nova situação é encarada com muita expectativa e de forma esplendorosa pelas crianças.


De acordo com a LDB-9394-939, define a educação INFANTIL a 1ª etapa da educação básica garantindo os direitos da criança pela constituição Federal de 1988. "Art. 29- A educação infantil primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando da família e da comunidade".

Este artigo nos confirma a importância da primeira etapa da criança que é educação infantil e que a escola é um espaço social privilegiado de construção do conhecimento.

Esta etapa é onde a criança precisa se afastar do seio da família, onde até então, é o lugar mais confortável e favorável para sua atual condição e este afastamento nem sempre é enfrentado pelos pequenos como algo magnífico e maravilhoso, na maioria das vezes esta “separação” que ocorrerá destas crianças com suas famílias não é vista com bons olhos por eles, mas na grande maioria o que atrapalha as crianças de adquirir sua autonomia é a super proteção de mães e pais, que sem perceber, no intuito da proteção, acabam privando estas crianças de ter sua autonomia conquistada e acabam “sufocando“ esta criança não deixando-a virar-se por si própria.

Em minha prática docente presenciei uma situação semelhante a esta com um aluno da turma em que estava estagiando, quando percebíamos que o menino estava com vontade de ficar na sala de aula e a mãe do menino ao invés de deixá-lo aos cuidados da professora e ir embora e ficava mais um pouco e dizendo para o menino que se ele não ficasse a hora que eles chegassem em casa ele iria apanhar, mas percebíamos que esta mãe estava muito insegura em deixá-lo na escola e ela passava esta insegurança para o menino que por sua vez não queria sair de perto da mãe, até que um dia a professora titular da turma passou o caso para a direção e então a diretora da escola em conversa com esta mãe falou que ela teria que ir embora e deixar o menino ali, caso contrário seria melhor ela não levá-lo mais para a escola, então a mãe aos poucos foi deixando-o na sala sozinho e desde então o menino ficou tranquilo na escola realizando as atividades e se relacionado com os demais colegas.

Faço este relato para expor a necessidade que as crianças, nesta etapa da vida, possuem em ter pais que os oriente e auxiliem na conquista de novas experiências e expectativas para suas vidas que esta somente no começo, pois, para eles é um momento de diversas mudanças e conquistas.

Para tanto podemos dizer que esta etapa de ensino se distingue das demais etapas pelo fato de que na educação infantil é valorizada a interação do lúdico na aprendizagem e que paralelamente ao ensino esta o estímulo, a construção de valores, a formação corporal das crianças, o desenvolvimento de sua coordenação, motricidade, lateralidade e a construção da área sócio afetiva dos pequenos.

Assim, podemos dizer que a pratica destas atividades que estimulam o desenvolvimento das crianças na educação infantil, envolve vários fatores, é preciso haver um bom planejamento para explorar todas as possibilidades das crianças e ter organização na realização da pratica docente, estabelecendo uma rotina que seja favorável ao ritmo de cada criança, pois, cada criança apresenta um diferente ritmo de aprendizagem. Também temos que avaliar o papel do professor que é o de orientar estas crianças, cuidar e ensinar para assim encaminhá-las da melhor forma na realização das atividades propostas e no seu desenvolvimento nas etapas a fim de estabelecer uma relação amigável e de confiabilidade com estas crianças.




No decorrer da primeira semana de estágio fui percebendo que tínhamos feito um planejamento que não estava atendendo as expectativas da turma, pois, quando foram feitas as observações na turma o professora titular realizava somente um trabalho com folhinha por dia, e ainda relatou que alguns dias nem levava trabalho em folhinha para eles, mas percebemos que um trabalho apenas era pouco, as crianças terminavam rapidamente o trabalho e acabavam ficando com uma grande parte de tempo ocioso sem nada para fazer, ou alguns terminavam o trabalho bem rápido para poder brincar. Do meu ponto de vista, as crianças brincavam demais, sei que se deve ter um bom tempo para a brincadeira, mas não a maior parte do tempo em que estão na escola.

Assim, a partir da segunda semana de estágio passamos a levar para a sala de aula atividades extras para passar aos alunos e eles as realizavam com êxito. Então a terceira semana já foi planejada de forma diferente, sempre com duas atividades e sempre no decorrer do andamento da aula, nós realizávamos alguma atividade diferenciada.

O que pude perceber é que professor de educação infantil sempre deve ter uma “carta na manga”, pois, cada criança tem seu ritmo e nenhuma é igual a outra por este motivo precisamos estar preparadas para qualquer situação que possa ocorrer, seja dentro ou fora da sala de aula.




Cada aluno tem seu ritmo de aprendizagem e forma diferenciada de acompanhar o ensino. Alguns aprendem com maior facilidade em relação aos outros e é preciso estar atento a isto, pois, é preciso dar uma atenção maior aqueles que apresentam maiores dificuldades aparentes.

Na turma em que realizei meu estágio tínhamos um menino autista, no começo quando a professora titular da turma me relatou o fato até fiquei um pouco preocupada em saber como lidar com tal situação, pois, nem a professora da turma conseguia fazer com que ele realizasse atividade alguma, foi então que resolvi tentar algo para fazer com que ele ao menos pintasse um desenho então lhe ofereci um lápis de cor do colega que estava ao seu lado e ele começou a pintar seu desenho e com algumas garatujas, mas pela primeira vez ele realizou uma atividade, com isto percebi que ele não gostava de desorganizar suas coisas, não tirava nenhum lápis do lugar para que nada ficasse revirado.

Além deste caso do menino autista tínhamos alguns com dificuldades de concentração, quando todos já haviam terminado sua tarefa sempre ficava um aluno recém começando sua tarefa, isto porque este parava de realizar sua atividade para prestar atenção no que estava acontecendo ao seu redor, vários a turma não sabiam recortar ainda, o que é normal, mas um menino me chamou atenção, pois, não queria nem pegar na tesoura e dizia: “Não sei recortar”, mas nem pegava a tesoura, isto também pode ser um pouco de falta de incentivo em casa.

Na sua grande maioria, a turma era disciplinada e não apresentavam muitas dificuldades na aprendizagem, podendo ser mais estimulada a coordenação motora das crianças com atividades em folhinhas e no pátio para desenvolver a coordenação motora e a lateralidade.




Para a realização do planejamento de aula e para a pratica docente e preciso que o professor conheça a realidade das crianças que irão estar inseridas neste ambiente escolar, para que assim possa ter um desdobramento das atividades com o desenvolvimento de suas especificidades e podendo ensiná-los com os elementos que estão disponíveis no seu dia a dia para que assim consigam ter um maior entendimento dos ensinamentos que estão sendo a eles passados. Para isto é preciso conhecer os conteúdos específicos e adequados para a faixa etária a ser trabalhada para que assim possa ser garantido o processo de ensino aprendizagem.




Ao realizar o relatório de estágio da pratica docente I, conclui que o trabalho com crianças é muito gratificante, porém nem sempre tarefa fácil de enfrentar, pois, são vários os desafios que a sala de aula nós proporciona. Para encará-la é preciso possuir um bom planejamento, ter conhecimento da constituição da turma trabalhada e se apropriar das especificidades de cada criança que compõem esta turma para que assim possa adaptar-se a rotina da turma de acordo com o desenvolvimento das crianças.

Mas mesmo tendo me apropriado, com um pouco de facilidade até posso dizer, penso que seria preciso ter nas disciplinas que compõem o nosso curso algo que fale, de forma mais específica, sobre as fases de desenvolvimento das crianças e as formas com que estas adquirem o aprendizado, pois, acredito que para mim não tenha sido difícil a realização do planejamento de aula, porque já tinha conhecimento de sala de aula por já ter trabalho em escola de educação infantil, mas acredito que para minhas colegas que não tiveram este contato, mais íntimo posso dizer assim, não tenha sido tarefa nada fácil planejar algo que seja condizente com a faixa etária trabalhada, pois, não tivemos nenhuma abordagem deste tipo em nosso curso até o presente momento.
 
Dariane Urrutia Dorneles


Referências Bibliográficas


Lei no. 9.394/96 - das Diretrizes e Bases da Educação Nacional.


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